O Vice Presidente do Japan Studio, Yasuhide Kobayashi, revelou que The Last Guardian teve esse nome especificamente para apelar aos mercados Norte Americano e Europeu.
Durante a DICE Summit Asia, que ocorreu em Singapura no lugar da GC Asia, Kobayashi sublinhou a importância para os estúdios Japoneses em agradar à audiência global para maximizar as vendas, enquanto o mercado doméstico está em declínio.
“Existem tantos problemas que temos que resolver, e o maior desafio é que o mercado Japonês está a encolher – a chave é ganhar sucesso na América do Norte e Europa”, disse. “No tempo do PlayStation (PSX) o mercado Japonês era um terço do mercado global, e custos de produção não eram tão assim tão altos – por isso conseguíamos gerar lucro nesse mercado sozinho.”
“Mas agora estamos na era do PlayStation 3, e o mercado Japonês é apenas um quinto do mercado global – no que diz respeito a custos de produção, esses estão a inchar, isso significa que a não ser que se ganhe espaço nos mercados externos o nosso estúdio vai à falência. É uma crise que reconhecemos,” acrescentou Kobayashi.
Kobayashi falou sobre como as maiores editoras como Sony, Namco Bandai, Capcom, SEGA, Konami e Square Enix viram as suas vendas cair entre 70 a 90% no Japão na primeira metade de 2008, algo que torna mais importante os mercados externos.
A Sony efetuou estudos sobre vender produtos nos mercados externos e ICO foi dado como exemplo. Foram mostradas duas capas usadas em diferentes regiões. A capa Norte Americana tinha um título maior e um claro personagem principal masculino, enquanto que a capa Japonesa tinha um estilo de arte mais refinado representativo do sentimento do jogo.
ICO vendeu 270,000 unidades na América do Norte mas Kobayashi acredita que podia ter vendido mais, “Se a caixa fosse desenhada de forma diferente, acreditamos que podia ter vendido mais – na verdade muitas pessoas na internet disseram que versão Japonesa era melhor.”
Foi quando falou que o mais recente projeto do Team ICO, The Last Guardian, teve o seu nome escolhido especificamente para apelar aos mercados Norte Americano e Europeu.
Kobayashi falou ainda sobre os conceitos de jogo “novo” nas diferentes partes do mundo. “O conceito de um jogo não devia ser complicado. Por exemplo, aquelas pessoas no mercado Norte Americano estão muito contentes por lançar um jogo que é similar a algo que veio antes, porque consideram que isso é mais fácil de compreender.”
“Mas nós não gostamos disto – é como se tivesses a simular, a imitar, combinar dois títulos em um. Parece que a definição de um novo título é diferente na América do Norte e Europa do Japão. Significa um novo género, a isso chamamos um novo jogo.”
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