“Com um texto leve e saboroso, recheado de referências pop (quadrinhos, role-playing games, literatura, séries de tv, videogames, desenhos animados, cinema e – principalmente – música), Nerdquest apresenta um retrato bem particular de uma geração nascida e criada em plena era digital.
Os protagonistas são jovens fãs de música alternativa e cultura pop “descartável” – o estereótipo nerd encarnado –, divididos entre o universo virtual dos jogos de rpg e os desafios reais do mundo adulto.”
A sensação de término da faculdade pode ser mais exaustiva do que tranqüilizadora para algumas pessoas. E para Lucas, o protagonista do livro “Nerdquest”, de Pedro Vieira, se deparar com a realidade de que ele deveria se preocupar com a carreira e o futuro deu início a quase uma crise existencial.
Claro que o fato de ele ser um nerd assumido que abrira mão de quase tudo o que gostava (o que incluía jogar Magic:The Gathering com Jorge, Alemão e Marcos, seus amigos de longa data que dividiam com ele o gosto por RPG, quadrinhos, filmes, seriados e música alternativa) para namorar Monique, uma patricinha que era incapaz de entender/aceitar os gostos de Lucas, também ajudavam no stress.
É nesse ambiente, situado no Rio de Janeiro, que a trama de “Nerdquest” se desenvolve. Com grande influência de histórias em quadrinhos (leia a entrevista com o autor), os textos são rápidos, muito divertidos e abarrotados de referências à cultura pop, o que faz com que um sorriso tome conta de quem lê a cada frase terminada.
Um estágio que lhe suga a alma, os desentendimentos cada vez mais freqüentes com Monique, a saudade de interagir com os amigos e a chegada de Ingrid, vão fazer com que Lucas descubra que não é tarde demais pra tocar a vida como achar melhor, quer isso signifique “amadurecer” ou não.
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