Postado por Alucard em Sexta-feira 31 Março 2006 as 17:27
Valis: 20 Anos de Sucesso e Decadência
artigo por:Alucard
Muitos dos leitores devem estar curiosos com o título dessa matéria: Valis: 20 Anos de Sucesso e Decadência. Parece título de carreira de bandas de música não? Acontece que provavelmente a maioria dos leitores não devem conhecer, nem saber o que significa e a importância que os Valis Games tiveram no passado. Os jogos da série Valis fizeram muito sucesso nos anos 80 e 90, contando com 4 games, narravam uma história fantástica com personagens carismáticos que ficaram na história dos videogames. Agora em 2006 a série está completando 20 anos, e um especial não poderia ser esquecido para esta data comemorativa. Aqueles que já o jogaram, poderão recordar e matar as saudades dessa bela série, e se é a primeira vez que você ouve sobre ela, seja bem vindo ao maravilhoso mundo de Valis.
Olhando para os games da nova geração podemos constatar que muito deles são remakes de clássicos passados, como Shinobi e Rygar, ressuscitados no PS2, ou ainda games da série Castlevania e Metal Gear, que seguem fortes em suas continuações, games esses que surgiram na mesma época que Valis no MSX.
A história dessa série é bem antiga, ela surgiu nos anos 80 (mais precisamente em 1986) para o saudoso computador MSX, virando um grande sucesso para a plataforma. Ganhou ainda uma segunda versão, que fez mais sucesso que o anterior e é considerado um dos melhores games do MSX e catapultou a sua empresa desenvolvedora, a Telenet para a fama (a Telenet possuía outros bons games, não ficando presa apenas a série Valis, teve sua fase de ouro com o Mega Drive/ Sega CD e fora do Japão era representada pela extinta Renovation), mas foi com as versões para Mega Drive e PC-Engine que Valis atingiu seu ápice, conquistando vários fãs principalmente no Japão e EUA.
Agora vocês que não conhecem devem estar se perguntando “por que diabos esse jogo fez tanto sucesso?”. Para responder a essa pergunta basta voltar-mos no tempo. Na época em que apenas havia jogos de tiros, pula-pula, luta, etc. Jogos mais simples sem pano de fundo em que a maioria era apenas atirar e matar. E as histórias dos jogos então? Poucos jogos tinham realmente boas histórias que prendesse a atenção dos jogadores. O Nes há pouco tempo estava no mercado e dava seus primeiros passos para a fama (se bem que um encanador salvando uma princesinha também é difícil de engolir).
Valis para MSX podia não ter grandes gráficos, mas ele tinha algo que a maioria dos outros jogos não tinham: história. E o conceito para games começou a ganhar um novo nível e a se desenvolver. Não que não existissem outros games com boas histórias, mas não eram muitos. A história de Valis pode ainda lembrar alguns animes, como Yu Yu Hakusho, por trabalhar com conceitos da cultura japonesa como o Mundo das Trevas, o mundo Humano e o mundo Espiritual. Visualmente lembra as Guerreiras Mágicas de Rayearth e até um pouco Cavaleiros do Zodiaco.
Seu sucesso vinha principalmente da sua história, que era muito bem desenvolvida com personagens marcantes e cativantes, onde até mesmo os vilões tinham um pano de fundo para complementar o enredo (exemplo disso é a Reiko, a antagonista do primeiro game que conquistou muitos fãs por mundo afora). Uma trama tão bem trabalhada que poderia ter sido muito bem usada para um anime, com certeza teria feito muito sucesso.
Tudo acontece em volta de uma espada mágica conhecida como Valis e Yuko Ahso, uma jovem aparentemente normal, mas que foi escolhida para salvar um mundo paralelo ao nosso contra as terríveis forças demoníacas deum Imperador que ansiava conquistar o mundo de Dreamland. Para defender esse novo mundo, Yuko ganha poderes, uma espada e uma armadura (muito sexy!) a lá Cavaleiros do Zodíaco (se você gosta de cdz certamente vai gostar desse jogo) para tal missão. Apenas um game não daria conta para contar toda a saga e sua gloriosa história, então foram feitos 4 jogos, todos relacionados um com o outro em seqüências diretas. A medida que os jogos foram lançados, nós descobríamos mais segredos envolvendo os mundos paralelos, os personagens, a espada Valis e sobre a própria Yuko e sua origem.
Além disso tínhamos uma bela garota no papel principal (eu nunca vi um jogo com tantas beldades como Valis ^.^), na época isso era muito raro, até mesmo nos games existia o machismo, eheheh. Depois que Valis foi lançado, outros games com garotas apareceram, como o excelente Alísia Dragoon da Game Arts (Grandia, Lunar) e Annet de El Viento, esse último feito pela mesma empresa que fez Valis. Havia outros games com garotas, mas geralmente eram baseados em animes, como Sailor Moon e Devil Hunter. Valis havia sido concebido exclusivamente para os games, não sendo uma mera adaptação de algo que já existia e sim sendo algo totalmente novo e inédito, por isso sua importância. Ainda não existiam Lara Croft, Yuna, Chun Li e tantas outras que hoje estão por aí. Yuko pode ser considerada a mãe de todas essas heroínas que estão na mídia hoje. E infelizmente uma coisa eu digo, não se fazem mais heroínas como antigamente.
E para completar, o jogo ainda tinha gráficos bacanas e músicas excelentes para o padrão da época. Mas com certeza a melhor parte desse game eram as cenas de anime de uma fase para outra, na abertura e no final (ou como os americanos chamam “cutscenes”). Quem tinha um Mega Drive poderia apreciar as belas cenas de anime que ajudavam a contar a história, e os sortudos que possuíam um PC-Engine (Turbo-Grafix 16 nos EUA) ainda podiam ver essas cenas de anime com vozes de dubladores e som de CD, que realmente deixavam o jogo mais perfeito ainda! Alias, as músicas da versão em CD são alucinantes, você vai querer jogar apenas para ouvir as músicas, ehehe.
A última versão do jogo foi Super Valis IV para Snes e PC-Engine, onde apresentam novos personagens e uma nova ameaça para Dreamland. Infelizmente depois desse jogo não foi feito mais nenhuma continuação, a empresa responsável pelo jogo, a Telenet, foi desaparecendo do mundo dos games, ela ainda chegou a produzir alguns jogos para PSOne e PS2, mas sem grandes importâncias que não chamaram a atenção do público e que saíram apenas no Japão.
A queda de um mito
Recentemente a Telenet parece estar querendo ressuscitar a série. Em 2004 foi lançado um Box batizado de Valis Complete, que continha os quatro games em CD do PC-Engine, que vinha inclusive com uma bonequinha da Yuko (que alias eu comprei ), saiu apenas no Japão. Ano passado foi lançado para os celulares japoneses Vodaphone um remake do primeiro Valis e que parece ser muito bom.
Em 2006, quando a série está completando 20 anos de existência, a Telenet anuncia um novo game para a alegria dos fãs que há 15 anos esperam por um jogo novo: Valis X – Another Destiny. Infelizmente nem tudo são flores, e o que pode parecer um retorno triunfal de uma série de sucesso não passa apenas da confirmação que a Telenet está enterrando de vez um clássico. Esse novo game, para computadores, é um game hentai. HENTAI!
Para quem não sabe, os “games” hentai não passam de imagens pornográficas com personagens dos jogos. No Japão há uma grande filão para os produtos hentai, rendendo muito dinheiro nessa indústria de pornografia desenhada. No caso de Valis vamos ver as quatro principais protagonistas, Yuko, Valna, Cham e Reiko em cenas de lesbianismo hardcore e os famosos tentáculos, muito comuns nos hentai.
Sim, existem vários games hentai por aí, inclusive versões de games famosos e reconhecidos, então porque isso seria algo ruim para Valis? Para começar, é um jogo “oficial”, produzido pela Eants, uma empresa já pioneira na produção de jogos hentai, com a assinatura e endosso da Telenet, que já não é a primeira vez que se aventura em games hentai. Nos últimos anos é o que ela tem feito para sobreviver, através de games hentai, mas desta vez ela resolveu usar a imagem de um de seus mais conhecidos jogos para tal.
Eu, particularmente, acho isso o fundo do poço! Conheci os games Valis no auge da fase dos videogames, na era dos 16 Bits. Presenciei Yuko virando heroína, fiquei emocionado ao ver Reiko morrer nos braços da Yuko, chorei ao ver a mãe de Yuko ser assassinada, vibrei quando ela descobriu ter uma irmã-gêmea, adorei conhecer a elfa Cham e fiquei meio puto quando Yuko ganhou uma sucessora, a Lena Brand.
Quem acompanhou a série viu essas garotas salvarem o mundo diversas vezes, sofreu junto com elas em momentos de tormento assim como vibrou em momentos gloriosos. Vimos elas crescerem, amadurecendo, tornando-se pessoas mais fortes, honradas e de caráter inspirador e que qualquer um gostaria de ser.
Com certeza um clássico como esse, que fez muito sucesso (afinal foram 4 jogos, um game que não faz sucesso não teria tantas continuações assim), o carro chefe da Telenet, merecia um lançamento mais digno e honroso do que a porcaria de um game hentai. Existem por aí várias imagens e até histórias completas hentai de Valis (como a da figura abaixo), mas nenhuma delas tinha a assinatura da Telenet.
E resolvem lançar bem no ano em que a série completa 20 anos. Que belo presente de aniversário. Os fãs, que passaram a era dos 32, 64 e 128 Bits esperando ansiosamente por uma continuação, certamente mereciam um game com mais qualidade. Isso é uma ofensa e uma vergonha para a memória daqueles que jogaram os games anos atrás. Eu sou uma dessas pessoas. Foi com Valis que peguei gosto por animes. Foi com as belas histórias dos games da série que passei a dar uma maior importância aos enredos dos games. Yuko para mim não era apenas uma personagem de um game qualquer, ela era a personificação da pessoa perfeita, com um grande coração e ideais como o verdadeiro significado da amizade, da confiança, da lealdade, da nobreza humana. Que fazia pessoas comuns, como eu e você que está lendo, pensar e refletir sobre as ações e decisões que escolhemos em nossas vidas. Essa era a principal mensagem que os jogos Valis traziam em suas histórias, sobre o caráter e personalidades humanas, e por isso os jogos tinham esse “poder” de encantar pessoas em todo mundo, mesmo que não fossem os jogos com gráficos e efeitos inovadores.
Foram vinte anos de fantasia e personagens inesquecíveis. Vinte anos jogados no lixo para Yuko e suas companheiras aparecerem peladas como vadias qualquer. Será esse o futuro de games clássicos? Não são poucos os games de antigamente que ganharam remakes para os consoles de última geração que não agradaram aos fãs, produzindo jogos muito abaixo da qualidade esperada. Mas agora se aventurar no mundo da pornografia, maculando a imagem de personagens perfeitos e idealizados? Isso não parece certo, mesmo para os padrões e cultura “pervertidos” do Japão.
Esse Valis X até possui uma artwork bonita e bem feita (nas imagens em que as personagens estão com roupas), mas teria sido melhor não ter lançado nada. Há até mesmo um site oficial, quem quiser ver é só clicar aqui. Agora só resta torcer que a Telenet coloque a mão na consciência e perceba o que está fazendo com o seu maior clássico. O que virá depois, hentai oficial de Annet (do jogo El Viento, da mesma empresa)? Que futuramente ela lance um jogo do status que o nome do jogo carrega e merece. Os fãs também merecem.
Sinceramente, a Telenet deve estar mal de grana pra fazer uma coisa dessas com personagens tão queridas. Dá vontade de “pegar” pelos ombros, dá umas chacoalhadas e gritar “HEY TELENET, QUAL É O SEU PROBLEMA??? PORQUE ESTÁ DESTRUINDO UM CLÁSSICO???”. No site oficial da Telenet Japan há até um banner gigante em flash (o mesmo que está no início dessa matéria), até que bonitinho e tal, mas quando você clica nele vai dar lá no site do Valis Hentai! Ah, qual é…. dá vontade de mandar pra PQP!!! Isso é uma coisa tão surreal, nem acredito ainda que aconteceu mesmo. Uma coisa é fãs babacas fazerem isso, outra é a empresa que criou o jogo permitir que isso aconteça… eu mesmo já fiz uma história sobre Valis em que eu brinquei com o tema lesbianismo (que vocês podem ler aqui). Imaginem se a moda pega… vamos ter jogos oficiais do Sonic “mandando ver” em personagens da Sega ou então histórias com Sonic e Tails, poderia até se chamar “Broke Back Sega Mountain”… ou Mario num hotel fuleiro com a Princesa Peach, ou pior, cenas eróticas com o Yoshi…. e imaginem só a suruba que seria com as personagens do game Dead or Alive…
Eu não sou contra jogos hentai, não sou puritano, já joguei e assisti animes hentai, sei que eles dão grana, principalmente no Japão, mas porra, façam isso com personagens próprias do hentai e não com personagens que já possuem uma história e personalidades modelos. Agora só falta uma merda dessas fazer sucesso e no futuro o pessoal se lembrar de Valis como um jogo de lésbicas e putaria….
Essa é a história de sucesso e decadência de uma franquia que já foi muito famosa no mundo dos videogames e que agora apenas continua viva graças as memórias e lembranças de fãs fiéis, agora maculado com o lançamento desse Valis X – Another Destiny (e o que é pior, no site oficial tem escrito “Valis Project #1”, esperemos que fique por aí e que não saí mais nada desse projeto #@$%&). Com certeza a série Valis merecia um legado melhor do que esse.
É por essa razão que fiz essa matéria especial, esse sim o verdadeiro presente que a série e os fãs merecem, em comemoração dos seus 20 anos de fantasia e histórias incríveis. Veja abaixo uma retrospectiva de todos os games da série e relembre, ou conheça, uma das franquias que podia estar fazendo muito sucesso nos dias de hoje.
Valis The Legend of a Fantasm Soldier |
O primeiro game da série saiu em 1986 para o sistema MSX e computadores da época no Japão. Era um jogo de plataforma que não tinha nada de muito diferente dos outros jogos da época, a não ser pelo seu enredo e algumas cutscenes, que mesmo estáticas, davam um charme a mais para o game. Alguns remakes foram feitos, uma versão foi lançada para o Nes, mas ela é muito ruim e não vale a pena perder tempo falando. Outro remake foi feito para Mega Drive, esse sim bem melhor, com gráficos bacanas, músicas de qualidade e belas cenas de anime. A história e personagens foram melhores desenvolvidos. O último remake foi para o PC-Engine (último game da série a ser lançado para esse console, mesmo depois do lançamento de Valis IV). Baseado na versão de Mega Drive, essa pode ser considerada a melhor versão de Valis I. Seria a versão do Mega Drive melhorada. Possui mais fases, mais inimigos, mais cenas de anime, possui gráficos e músicas muito boas e ainda complementou a história contando mais detalhes que antes não sabíamos.
História
Tudo começa com uma jovem aparentemente normal chamada Yuko Ahso. Certo dia, quando estava indo para a escola, ela se encontra com uma colega, Reiko, que veio para se despedir pois estava se mudando para outro lugar. Começa a chover e Yuko se protege debaixo de uma marquise, quando então monstros aparecem. Assustada e encurralada, Yuko escuta uma voz, que diz para ela pegar a espada que apareceu do nada bem na sua frente.
Yuko pega a espada mágica e começa a enfrentar os monstros. Ela então é transportada para um outro mundo, paralelo ao nosso, conhecido como Dreamland. Lá ela conhece Valia, governante de Dreamland que lhe conta que há uma crise: um terrível imperador de Dark World, conhecido como Rogles, planeja conquistar o mundo de Dreamland e o mundo Humano.
Valia precisava de uma pessoa que tivesse o coração equilibrado entre o yin/yang (as forças do bem e do mal) e que pudesse ajuda-la nessa crise. Yuko foi a escolhida. A jovem se recusa a participar disso, mas Valia não dá opção para ela e a transforma na guerreira Valis, que agora usa uma armadura dourada juntamente com a espada sagrada Valis.
Sem opção, Yuko vai até Dark World e enfrenta o exército de Rogles. Durante o caminho ela tem uma surpresa, ao conhecer a guerreira das sombras, o braço direito de Rogles. Ela é Reiko, colega de Yuko no mundo Humano, que agora está sendo controlada por Rogles e possui uma sede de sangue e um grande desejo de matar Yuko.
Antes de entrar no castelo de Rogles, Yuko terá que enfrentar Reiko. A guerreira Valis tenta convencer a amiga a não lutar, mas Reiko parte para cima de Yuko e uma mortal batalha entre as amigas tem início. A luta é difícil tanto física como emocionalmente, mas Yuko acaba vencendo, desferindo um golpe mortal em Reiko que caí ao chão.
Antes de morrer nos braços de Yuko, Reiko pede perdão para a jovem. As duas fazem uma promessa que serão eternamente amigas. Reiko morre e Rogles aparece, dizendo que Reiko era uma inútil e descartável. Ele desafia Yuko para ir em seu castelo.
Yuko, determinada a vingar e honrar o nome de sua amiga, parte em direção ao castelo. Ela chega ao trono de Rogles e a batalha final tem início. Yuko derrota Rogles e salva o mundo de Dreamland. Ao terminar, ela abre os olhos e se dá conta que está embaixo de uma marquise com a sua roupa do colégio. Ela acha que tudo não passou de um sonho, mas então ao olhar para o seu braço ela vê a bandana que Reiko usava enrolada em seu pulso. Em seu coração, a confirmação de que não foi um sonho.
MSX
Mega Drive
PC-Engine
Valis II The Fantasm Soldier |
A continuação da saga sairia um tempo depois para o sistema MSX2 e computadores da época, como o X68000, que conta com a melhor versão de Valis II existente. Essa versão para computadores fez um estrondoso sucesso no Japão, Valis II é considerado o melhor game do MSX2, e não é para menos, pois o jogo realmente é fantástico. Possui uma história mais desenvolvida, gráficos melhores e música de alta qualidade e muitas cutscenes entre as fases. O jogo é bem mais violento, suas cenas de anime mostram os inimigos trucidados pela espada Valis de Yuko, além da cena chocante de Yuko presenciando a morte violenta de sua mãe.
Dois remakes foram feitos. Em 1989 foi lançado Valis II para o PC-Engine, um dos primeiros games da história a usar como mídia o CD-Rom e o primeiro game da série a ser lançado no console. Porém Valis II para PCE era completamente diferente da versão dos computadores. A história foi um pouco alterada, não era tão violento e a dinâmica do jogo era bem diferente (de forma geral, era de qualidade inferior ao dos computadores). Mas mantinha um bom enredo e belas cutscenes, que agora já viravam marca registrada da série.
Outro remake sairia para Mega Drive chamado de SD Valis. Esta é uma versão “fofinha” e de visual infantil de Valis II para o console da Sega, mas que ainda assim mantinha os padrões do jogo: o desenvolvimento de um enredo e as cutscenes de uma fase para outra. Era um jogo que misturava um pouco do estilo da versão dos computadores com a versão do PCE e é uma espécie de resumo desse game.
História
Um tempo já se passou desde que Yuko salvou o mundo de Dreamland. Certa noite, em seus sonhos, ela vê Reiko lhe chamando, dizendo que o mundo de Dreamland e Valia correm perigo, e que somente ela poderia salva-los. Yuko acorda e monstros aparecem perseguindo-a.
Empunhando a espada Valis, Yuko começa a lutar contra os monstros. Yuko vai para Dreamland e fica sabendo que há uma guerra acontecendo. Ela derrotou Rogles, mas os sobreviventes do seu exército ainda vivem. Um novo imperador chegou em Dark World, Megas, que é irmão de Rogles. Determinado a conquistar Dreamland, o exército de Megas está em guerra com os remanescentes do exército de Rogles, que foram atrás de Yuko na tentativa de se apoderar da poderosa espada Valis e assim derrotar Megas.
Yuko está bem no meio da batalha e terá que enfrentar tanto os generais de Rogles como os de Megas. Valia, rainha de Dreamland, foi aprisionada por Megas e feita de refém. Yuko corre até o Castelo Vanity, fortaleza de Valia. Porém, ao chegar lá, descobre que era muito tarde e que Valia havia sido morta pelos generais de Megas.
As serviçais de Valia então contam para Yuko a origem do seu passado. Yuko é na verdade filha de Valia e irmã-gêmea da princesa Valna. As duas foram separadas quando nasceram pois havia uma guerra civil na época. Yuko foi mandada para o mundo humano enquanto Valna permaneceu em Dreamland.
Ao saber da verdade sobre sua origem, Yuko saí em busca de vingança contra aquele que matou a sua mãe biológica. Yuko enfrenta os generais de Megas até chegar em sua base. Mais uma vez Yuko derrota o maligno imperador e salva o mundo de Dreamland, mas terá que conviver com a culpa de não ter conseguido salvar Valia.
MSX
X68000
PC-Engine
Mega Drive
Valis III |
O terceiro capítulo da saga sairia em 1990 para o PC-Engine e é considerado o melhor jogo da série. Contém uma grandiosa história e enredo, belíssimas cenas de anime, personagens inesquecíveis, gráficos e músicas perfeitas. Valis III é considerado também um dos melhores jogos do PC-Engine. É com certeza o jogo mais famoso e mais reconhecido mundo afora. Yuko agora não é mais uma colegial insegura, e sim uma guerreira confiante, extremamente habilidosa e que sabe o que faz. O jogo trazia uma novidade na série, a possibilidade de se jogar com 3 personagens diferentes. Assim você poderia jogar com Yuko, com a sua irmã Valna ou ainda com a bela elfa Cham.
Valis III ganhou uma versão para Mega Drive muito próxima da original, com algumas fases e cutscenes a menos e sem o áudio de CD, mas que agradou em geral os fãs, mantendo a essência do jogo sem se perder muito.
História
Nessa nova saga vamos conhecer a origem da espada Valis e da sua espada irmã, Leethus, que foram criadas pelos Deuses. Ficamos conhecendo o verdadeiro imperador de Dark World, o poderoso Glames, que é quem está por trás de tudo e que inclusive foi quem mandou Rogles e Megas conquistarem Dreamland anteriormente.
Uma ameaça paira sobre Dark World. Uma espécie de buraco negro está destruindo o Mundo das Trevas. Glames, vendo que que seus generais Rogles e Megas falharam, resolve ele mesmo conquistar o mundo de Dreamland e o mundo Humano, para alojar o povo de Dark World, mas não sem antes chacinar as pessoas desses mundos.
Lada, um conselheiro de Glames, avisa que tal carnificina é desnecessária e que Glames não devia continuar com os seus planos. Glames, que não gosta de ser contrariado, mata Lada a sangue frio, e com o seu novo exército resolve invadir Dreamland e o mundo Humano. Glames está de posse da poderosa espada Leethus, contraparte da espada Valis e é praticamente invencível com ela. Desta vez ele está preparado inclusive para a guerreira Valis.
Cham, uma elfa de Dark World e filha de Lada, fica sabendo da morte de seu pai. Determinada a se vingar, ela planeja uma vingança. Ela sabe que não é páreo contra Glames e a espada Leethus, então ela parte para o mundo Humano em busca da espada Valis, sua única chance em conseguir derrotar Glames.
Yuko se encontra com Cham, que lhe conta tudo o que está acontecendo, inclusive sobre Glames. Ela conta ainda que Valna, irmã de Yuko, foi feita prisioneira dentro de um cristal e colocada como troféu para Glames. Yuko vai para Dreamland e com a ajuda de Cham, ela vai salvar Valna, Dreamland e o mundo Humano uma vez mais.
Yuko consegue libertar Valna, que é uma feiticeira poderosa. Cham diz que Glames está de posse da Leethus, que é no momento muito mais poderosa que a espada Valis de Yuko. Se elas quiserem derrotar Glames, há apenas uma chance: libertar o poder total da espada Valis. Mas apenas uma pessoa é capaz de faz isso. Nizzeti, o sábio e mago poderoso que vive no mundo de Shuterland, o lugar mais próximo do mundo dos Deuses. Assim as 3 garotas saem em uma jornada contra o tempo para encontrar Nizzeti.
Enquanto isso Glames trás de volta do inferno Rogles, para ter uma segunda chance para derrotar a guerreira Valis. Glames confessa a Rogles que seu verdadeiro objetivo é se apoderar da espada Valis e assim, juntamente com a espada Leethus, conquistar o mundo dos Deuses.
Yuko libera o poder máximo da espada Valis, mas Nizzeti avisa que se ela sobreviver, deverá retornar junto com a espada para o mundo dos Deuses. Yuko concorda e assim as 3 garotas vão atrás de Glames, derrotando um a um os seus generais, inclusive Rogles novamente.
Glames está esperando Yuko em sua torre, construída no mundo Humano da onde ele pretende começar as suas conquistas. O mundo Humano, assim como Dreamland, está sendo destruído pelo exército de monstros e criaturas de Glames. Yuko chega para a batalha final. Valis contra Leethus. Quem vencerá?
As duas mais poderosas espadas do universo batalham entre si, ao vencedor cabe apenas o controle do universo, um preço muito alto que Yuko não pretende perder. A batalha é difícil, Glames é extremamente poderoso e habilidoso, mas no fim acaba sendo derrotado. Ele não consegue acreditar que Yuko venceu, mas reconhece a guerreira Valis como sendo a mais forte.
Antes de morrer, Glames pede para Yuko que cuide do povo de Dark World. Ele joga a espada Leethus para Yuko e então morre em seguida numa espetacular explosão. Yuko conseguiu, uma vez mais salvou Dreamland e o mundo Humano. Ela se despede de Valna e Cham, que agora irão voltar para reconstruir Dreamland, parcialmente destruída por Glames, e cuidar do povo de Dark World. Valna é agora a nova rainha de Dreamland e Cham será seu braço direito.
Os Deuses clamam pelo volta das espadas lendárias. Como prometeu, Yuko irá retornar com as espadas para o mundo dos Deuses. Uma luz desce dos céus envolvendo a guerreira Valis e as duas espadas, que começam a subir pelo corredor iluminado até os céus, sob os olhos atônitos de Valna e Cham.
A paz uma vez mais retornou ao mundo Humano. As pessoas continuam com as suas vidas normalmente. Mas Yuko nunca mais foi vista.
Mega Drive
PC-Engine
Valis IV |
O último jogo da saga, lançado para PC-Engine em 1992 apenas no Japão. Seguindo o mesmo altíssimo padrão de qualidade de Valis III, Valis IV é tão bom, ou melhor, que o seu antecessor. Uma nova trama tem início, uma nova guerreira Valis surge, assim como novos personagens. Seguindo a sua marca registrada, o ponto forte do game é a sua história e as cenas de anime, com uma qualidade impecável e com grande quantidade entre as fases. Novamente poderemos jogar com 3 personagens diferentes: Lena, a nova guerreira Valis, sua irmã Amu e Asfar, o primeiro personagem masculino em que se pode jogar da série. Apesar de não ter uma versão americana e por isso não ser muito conhecido, Valis IV é tão bom quanto Valis III.
Ele ganhou uma versão para o Super Nintendo chamado de Super Valis IV, mas infelizmente esse é a ovelha negra da série. Apesar de ser um bom jogo de plataforma, ele não honra o nome que carrega, perdendo em tudo a essência que fez a série famosa. Para começar, praticamente não há história no game, você passa pelas fases sem saber o que está acontecendo. Não há 3 personagens selecionáveis, não há menção de Amu e Asfar, personagens de alta importância na versão original, e até mesmo Yuko malmente aparece no jogo, com uma participação no mínimo ridícula e que ofenderia qualquer fã de Valis. Podem esquecer as cutscenes, algumas até aparecem na abertura, mas estão longe do que realmente deveriam ser. Super Valis IV é uma vergonha para a série Valis, que foi tratada como sendo um simples jogo de plataforma, não tendo o cuidado que Valis 3 do Mega Drive teve, por exemplo.
História
Alguns anos já se passaram desde que Glames foi derrotado. Podemos então conferir, através de hieróglifos a história de um outro mundo. Há muito tempo atrás havia uma civilização pacífica governada pelo rei Asfar. Este rei possuía um anel de grandes poderes mágicos que o deixava extremamente poderoso. O tempo passou e chegou um dia que Asfar teve que deixar seu trono e seu filho Garugia foi quem tomou posse, herdando também o poderoso anel que seu pai usava.
Mas Garugia, diferente de seu pai, era maligno e usou o poder de seu anel para conquistas, destruições, guerras e coisas do gênero. Como se não bastasse o cara causar o maior caos, ele ainda baniu seu próprio pai para outro lugar, o “Vale da Luz”, para que ele não atrapalhasse seus planos malignos. Porém, os Deuses ficam sabendo das maldades de Garugia e resolvem castiga-lo, aprisionando ele e seus seguidores dentro de um cristal, e o jogam nas profundezas dos oceanos, onde deverão passar a eternidade.
O cenário muda. Estamos no mundo Humano onde uma nova crise está para acontecer. Em um oceano, um navio é afundado pelo surgimento do cristal que aprisionava Garugia e seu exército. Após centenas de anos, Garugia e seu exército estão livres de sua prisão e loucos de vontade para espalhar o medo e a tirania, o que não demora a acontecer.
Garugia dá ordens para que seus subordinados conquistem Dreamland e o mundo Humano. Assim novas batalhas têm início, Dreamland é o que mais sofre, com várias pessoas sendo assassinadas. Como a Guerreira Valis desapareceu (Yuko), não há ninguém para salvar o dia. O castelo Vanity logo é possuído pelas tropas de Garugia, e a irmã de Yuko, Valna, que agora é a rainha, é feita prisioneira e está para ser executada.
Yuko, que está em estado de hibernação no mundo dos Deuses, logo irá despertar. Um pequeno grupo de resistência, liderado por Cham, ainda sobrevive aos ataques do exército de Garugia. Entre eles há uma garota brava e corajosa, determinada a salvar seu povo. Lena Brand é essa garota, que junto com a sua irmã Amu, têm como líder a bela Cham. Lena tem ouvido vozes em sua cabeça, é Yuko que está lhe chamando. Yuko pede para que Cham deixe as duas garotas saírem.
Assim as duas vão até o Castelo Vanity salvar Valna. Elas se encontram com Garugia, mas não são páreo contra o seu poder e levam uma senhora surra. Quando Garugia ia matar as duas, elas são teleportadas para outro lugar. O responsável é Asfar, que conta a história de Garugia para elas e acaba se juntando ao grupo, para tentar derrotar seu filho. Asfar diz que eles irão precisar da lendária espada Valis, e que graças ao seu poder de teleportação, pode leva-las a um lugar próximo do mundo dos Deuses.
Assim os 3 saem em uma jornada até chegarem ao mundo dos Deuses. Lá, Yuko os está esperando. Lena pede a ela que conceda a espada Valis para derrotar Garugia e salvar Valna. Yuko pergunta se é isso que ela realmente deseja, pois o fardo de se tornar a guerreira Valis pode ser muito pesado, tendo conseqüências irreversíveis depois, com a qual Lena deverá saber lidar.
Yuko dá as mãos para Lena segurar, e então a jovem consegue ver todas as adversidades e momentos cruéis que Yuko teve que passar como guerreira Valis, como inúmeras batalhas sangrentas e sobretudo sua luta mortal contra Reiko, um evento que ficará sempre marcado no coração de Yuko.
Lena está com lágrimas nos olhos por ver quanto Yuko sofreu, mas ela está determinada e ainda assim deseja a posse da espada Valis. Mas para tal, Lena terá que provar que é merecedora de empunhá-la e terá que passar por uma provação que Yuko impôs a ela. Lena terá que enfrentar inimigos do paraíso e enfrentar a própria Yuko em duas situações: em sua forma de Deusa e na forma de guerreira Valis, que está usando a espada lendária.
Lena passa no teste e Yuko a transforma na nova guerreira Valis, assim como Valia havia feito com ela anos atrás. Assim os 3 personagens, agora com a espada Valis, partem para salvar Valna e Dreamland. Eles conseguem chegar no exato momento em que Garugia ia matar Valna, mas na hora do golpe fatal, Amu entra na frente de Valna e leva o golpe para proteger a rainha de Dreamland.
Amu morre nos braços de Lena, numa triste ironia já protagonizada por Yuko, que tentou avisar que grandes sofrimentos iriam trilhar o caminho da guerreira Valis. Lena parte com Asfar em busca de vingança. Asfar é derrotado por Garugia e Lena segue em frente na batalha final. Garugia é derrotado por Lena, que antes de morrer recebe o perdão de seu pai. Lena apenas observa. Ela não sente nada, apenas um vazio em seu coração e uma grande tristeza que jamais irá se apagar.
Ela está no túmulo da sua irmã, um último adeus. Lena agora parte, solitária, por caminhos desconhecidos. Certamente novas aventuras a aguardam em seu futuro, mas isso é outra história.
Super Nintendo
PC-Engine
Outros Games |
Valis Complete Box
Valis Vodaphone
Valis X – Another Destiny
Galeria das Gatas Valis
Valis 3 full story 1/2
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Valis 3 full story 2/2
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2 comentários
1 menção
eu gostei muito desse salt e queroa lhe pedir uma coisa que tenha mais fotos hentai
Kra….Valis foi um dos melhores jogos do estilo lançado na época e fez bastante sucesso…principalmente por ele ter sido produzido pra várias plataformas.
pra mim é uma das melhores séries do gênero.
vlw aew pelo post e por lembrar dessa inesquecível série^^
[…] imaginou um novo Valis, não vale o hentai, um novo ou remake de El Viento?! OMG, veja a lista completa de jogos aqui e pode […]